As graças alcançadas através de Nossa Senhora Medianeira

As graças alcançadas através de Nossa Senhora Medianeira

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Há mais de 80 anos, as bençãos e graças concedidas por Nossa Senhora Medianeira são contadas por pessoas do país inteiro por meio de cartas, e-mails ou depoimentos. Os relatos de fé detalham situações difíceis e, muitas vezes, inexplicáveis em que a Mãe Medianeira intercedeu, renovando a fé da população.


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Para aqueles que foram ouvidos por Nossa Senhora, a gratidão continua sendo o sentimento que move cada passo dentro e fora das Romarias Estaduais.


“Eles não deram nenhuma esperança que minha filha seria saudável. Mas graças à nossa fé em Nossa Senhora, o exame saiu perfeito”

Foto: Arquivo Pessoal


A empresária Cíntia da Silva Sarturi Pavão, 34 anos, tem um laço muito antigo de fé e respeito com Nossa Senhora Medianeira.

 
– Acredito que a minha primeira romaria foi no ano de 1990, porque eu nasci em 1989. Como nasci prematura, o meu pai fez promessa para Nossa Senhora Medianeira para que em todas as procissões pudessem me levar. Então, desde que nasci, eu vou à romaria – relembra.

 
Após realizar uma cirurgia delicada em fevereiro de 2017, Cíntia descobriu que estava nas primeiras semanas de gestação. Em maio, quando é celebrado o Dia das Mães, Cíntia realizava as etapas do pré-natal ao lado do marido, o empresário Robinson Pavão, 34 anos, quando os médicos perceberam algo diferente:

 
– Com 13 semanas, eu fui fazer a translucência nucal e o exame apresentou anomalias. Pediram que eu consultasse com a minha médica, porque o bebê apresentava algumas deformidades. No momento, eu fiquei muito assustada, porque não estava entendendo.

 
Cíntia realizou três exames de ultrassom em uma semana, sendo acompanhada por seis profissionais. Todas as avaliações deram o mesmo resultado.

 
– Caso fosse uma síndrome muito rara e não tivesse como gerar, eu teria que abortar. Eu fiquei em choque e comecei a rezar para a Nossa Senhora. Não contei o que estava acontecendo para ninguém. Apenas eu e o meu marido sabíamos – comenta.

 
Após ir em dois benzedeiros locais, Cíntia recebeu o estímulo que precisava para continuar rezando para a Mãe Medianeira. Em um dos encontros, foi orientada a colocar o nome da filha de Medianeira como uma homenagem. Na época, Cíntia ainda não sabia o sexo do bebê, mas prometeu que cumpriria o pedido. 


No final de maio, ela realizou um exame de sangue, que permitiria analisar a possibilidade de síndromes genéticas e alterações cromossômicas. O material coletado em um laboratório de Santa Maria foi encaminhado para Minas Gerais.


– 40 dias depois, eu peguei o exame na clínica e fui direito na Medianeira. Abri meu exame dentro da igreja. Quando abri, eu não entendi nada. Mandei uma mensagem para o médico da família pelo WhatsApp e ele disse: “Cíntia, o seu exame está perfeito. Não tem síndrome nenhuma. E parabéns! É uma menina”. Eu me ajoelhei no chão. Estavam na igreja também minha mãe e meu marido. Eu agradeci muito – conta a empresária, emocionada.

 
No dia seguinte, Cíntia realizou um novo ultrassom, comprovando a intercessão de Nossa Senhora. Em 12 de novembro de 2017, mais de 300 mil fiéis realizaram a procissão pelas ruas de Santa Maria. Entre eles, estavam Cíntia e Robinson com a recém-nascida Maria Cecília Medianeira nos braços. Nos últimos anos, a Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira tem sido mais do que uma celebração em família para a Cíntia. É um momento de reflexão:

 
– Eles não deram nenhuma esperança que minha filha seria saudável. Mas graças à nossa fé em Nossa Senhora, o exame saiu perfeito, e a minha filha nasceu com saúde. No dia 21 de outubro, ela fez 6 anos. É uma menina muito iluminada. Foi um milagre de Nossa Senhora. Não tem outra explicação. Quando eu conto a história da Maria Cecília Medianeira para as pessoas, todo mundo demonstra uma fé muito grande. Ela também sabe do milagre. Eu sempre contei desde que era pequena, que eu sou a mãe dela, e a mãe de coração é Nossa Senhora Medianeira, porque foi quem curou ela.


“Fiz uma promessa a Medianeira para que eu tivesse um diagnóstico e me recuperasse”


Foto: Nathália Schneider (Diário)


Há quase 30 anos, Santa Maria é o lar da jornalista Carolina Carvalho, 39 anos, que nasceu no Paraná. Foi aqui que ela se formou na UFSM, trabalha com assessoria de imprensa e esteve à frente de grandes coberturas jornalísticas enquanto repórter, editora e editora-chefe do Grupo Diário. Mas, principalmente, foi aqui que se aproximou mais de Nossa Senhora Medianeira.

 
– Nunca fui uma pessoa muito religiosa. Fui batizada na igreja católica, mas por conta dos meus avós. Meus pais se preocupavam um pouco com isso, mas nunca impuseram nenhuma religião. Nunca fui uma criança que frequentou igreja. Não fiz catequese ou crisma. Então, isso torna um pouco mais genuíno esse meu sentimento. Não foi algo que veio com obrigatoriedade. A minha relação com a Medianeira é muito espontânea. É realmente algo que tocou meu coração. Acredito que tenha sido a partir da minha trajetória profissional, quando eu experienciei a presença da Medianeira na Romaria e aquilo me movimentou emocionalmente de alguma forma. Desde então, tenho essa relação com ela que, para mim, é muito forte – comenta.

 
No ano passado, Carolina se dividia entre a rotina de trabalho e os momentos em família com o filho Mateus, 4 anos, e o marido, o professor e músico Adriano Taques, 35 anos, quando algo mudou bruscamente sua vida:

 
– No dia 16 de agosto de 2022, eu comecei a apresentar os primeiros sintomas de uma síndrome rara chamada Síndrome de Guillain Barré. Mas o meu quadro foi atípico, porque essa síndrome costuma apresentar os primeiros sintomas pelos membros como braços e pernas. E no meu caso, começou pela língua e pelo rosto. Eu tive uma forte dor de cabeça, fui hospitalizada e fiquei uma semana no hospital sem diagnóstico. Foram os dias mais angustiantes da minha vida, porque eu só piorava, e os médicos não chegavam a um consenso sobre o que estava acontecendo.

 
Entre as dificuldades geradas pela situação, Carolina cita o afastamento do filho, que na época tinha 2 anos e 9 meses. Desejando entender o que de fato acontecia, ela pediu a intercessão da Mãe Medianeira em 23 de agosto, uma semana depois do primeiro sintoma.

 
– Estava vivendo um período muito difícil fisicamente e emocionalmente. Então, pedi para o meu marido que fosse até a Basílica da Medianeira e pedisse para que ela olhasse para mim, colocasse-me no colo dela e ajudasse a ter um diagnóstico. Pedi que ele levasse o Mateus junto para que fizessem esse pedido. Ele me avisou quando eles estavam indo lá e eu também fiquei mentalizando, do quarto do hospital. Fiz uma promessa a Medianeira para que eu tivesse um diagnóstico e me recuperasse, que eu soubesse contra o que eu estava lutando. Cerca de duas horas depois, recebi um diagnóstico. Um médico apareceu no meu quarto, olhou para mim e disse o que eu tinha – relata Carolina, emocionada.


UTI


No mesmo dia, ela foi levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, no qual recebeu o tratamento e começou a apresentar melhoras significativas no quadro de saúde. Desde então, Carolina descreve o dia 23 de agosto como um segundo aniversário. 


Neste ano, a data foi celebrada com o cumprimento da promessa feita à Mãe Medianeira. Após raspar a cabeça e doar seus cabelos para a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan), ela foi com a família agradecer novamente a Nossa Senhora. Os momentos vividos até hoje a fazem refletir:

 
– Para mim, isso foi uma grande demonstração de que a Medianeira não falha. Ela não nos abandona. Eu confio muito na generosidade dela. E não posso acreditar que depois de uma semana de espera, tenha sido uma coincidência que esse diagnóstico tenha chegado exatamente no dia em que fizemos esse pedido. Que eu fiz essa oração e promessa.

 
Carolina recebeu alta do hospital em 5 de setembro de 2022, dois meses antes da Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira, que ocorreu entre 5 e 6 de novembro. Para a jornalista, acompanhar pessoas do país todo caminhando pelas ruas de Santa Maria e vibrando na mesma energia para encontrar a Mãe Medianeira é algo marcante. Mas, por diversos fatores, aquela edição foi diferente das demais.

 
– Eu fui no ano passado com o meu marido e meu filho, e foi muito emocionante. Eu já havia ido à romaria algumas vezes profissionalmente como jornalista. O que eu posso te dizer sobre o que a Medianeira desperta em mim é uma emoção muito profunda. Movida por essa emoção, eu já tinha ido algumas vezes e feito alguns pedidos para ela, que nunca me deixou na mão. Mas essa sem dúvida foi a mais importante. Muito mais emocionante do que as outras vezes – conclui Carolina.


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